quinta-feira, 1 de maio de 2014

A dor da perda

Foi tão difícil gostar
Todas as carícias
As palavras que desenrolamos
A minha cama que te acolheu
E que abraçados firmamos um contrato
De sentimentos

É doloroso aceitar que acabou
Quando imaginamos que seria para sempre
Agora meu coração tá apertado
Tá doendo
Queria acordar amanhã e esquecer tudo isso
Ocupar meu tempo com qualquer outra coisa
Prefiro sentir raiva do que dor
Seria assim que deveria agir?

Penso logo que não quero mais te ver
Porque quis demais você perto de mim
Se eu pudesse compraria um mundo pra te colocar nele
Mas te propus me aventurar contigo nele
Não foi o suficiente

Talvez pra te esquecer eu vá me usar da raiva
Um sentimento cobrindo o outro
Eu não quero chorar, não vou chorar
Drummond me ensinou que a dor é inevitável
Mas o sofrimento é opcional
Estou sentindo a dor da perda
Mas não me darei ao luxo de sofrer
Não vai me fazer bem

Quando você quis me propor um tempo
Eu achei engraçado como o tempo nos faz refém
das decisões mais importantes da minha vida
Mas existe também o amor próprio
Que confronta contra todas as irregularidades
É a razão do eu

Tento usar a lógica em tudo
Ou gosta ou não gosta
Ou quer ou não quer
Ou você pode ou você não pode
Com as emoções alheias não se brinca
O que eu não tinha aprendido sobre isso antes
Esse rompimento foi essencial para compreender agora

Agora eu sei que você se foi
Pois pra mim não existe tempo
Para mim não exite um provável retorno
E a certeza que ficou é apenas uma:
Eu serei feliz sim!
Porque eu sei que ainda tem muito chão nessa estrada.

Adeus! Cuide-se... Seja feliz.

"Saio em segredo
Você nem vai notar
E assim sem despedida
Saio de sua vida
Tão espetacular"
(Pato Fu)