quinta-feira, 30 de maio de 2013

Lixo ou luxo cultural

Em qualquer língua, em qualquer país. Não sei por que essa obsessão em discriminar o quê se escuta. Pelo menos para mim é normal. Vejo muitos artigos e discussão acerca do que seria o tal de “lixo cultural” e fico imaginando o quão se esquece da definição de cultura. Fui não muito longe e extraí essa definição: “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade” (TYLOR, Edward B.). Ora! Porque discutir o que é um processo normal. Nem todo mundo gosta de falar de política, de serenata de amor, textos carregados por uma razão. Em um país pautado em desigualdades sociais, miscigenação, o que mais esperar além das diferenças em todos os sentidos? Alguns cantam aquilo que viveram outrora, o que desejam ao mundo, alguma prece. Outros cantam o sofrimento, a tortura diária. Alguns vão até o chão sem pudor pra falar de sexo, drogas, baladas. Há quem goste e há quem não goste. Todo mundo tem sua tecla mute.

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